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Literatura Nerd

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GojiroBR
Acabei de ler Exposição do Visconde de Mauá aos credores de Mauá & Cia. e ao público, provavelmente foi a melhor obra que li neste ano.

Sei que não é uma literatura e não tem nada haver com a intenção do tópico, mas gostaria que este tópico deixa-se de ser só um diário do Kayo e passa-se a ser um lugar onde os usuários dessem suas recomendações de boas obras.
Já que temos tópicos dedicados a animes/vns/mangas e tudo mais, seria legal ter um tópico sobre livros em geral, não algo exclusivo para a literatura e muito menos a "nerd".


Para quem não conhece bem a vida do Barão de Mauá ou muito menos sabem quem ele é o o que ele fez para este Brasil, seria legal pesquisar sobre ele e talvez ler o a Exposição aos credores da Casa Mauá... para ter uma ideia de quão nobre foi este homem.
Eu tomei este ano com uma busca insaciável de artigos sobre o Barão, mas nunca havia encontrado para vender este livro, mas por sorte encontrei.
Acho que existe duas ou três versões publicadas deste livro, mas talvez exista uma versão em pdf por ai circulando na Internet.


Só mais uma frescura, nada mais.
GojiroBR
Um poste duplo de fúria.

Ninguém aqui se interessa por livros, assim acho eu... adeus.
DJ Angel

GojiroBR wrote:

Um poste duplo de fúria.

Ninguém aqui se interessa por livros, assim acho eu... adeus.
Não gosto pessoalmente de ler, mas gosto muito de ver uma boa história, leio de 1 a 3 livros por mês, a maior parte de mistério, romance policial, sci-fi ou fantasia

PS: Nunca digo não a um bom romance
Bittersweet
So pq eu nao gosto do estilo do autor do topico, o que me faz nao ler/participar desse topico, nao quer dizer que eu nao temha interesse por livros.dik
GojiroBR
Particularmente eu pouco ligo pra esse tópico mesmo, leio os postes uma vez e nada mais, não suporto literatura.

Só queria que dar ao tópico um rumo mais legal, mas ainda acho que a maioria não gosta de livros mesmo, então não vai dar em nada.
Nem sei porque dei essa sugestão, que se foda.
phelipefox

Bittersweet wrote:

So pq eu nao gosto do estilo do autor do topico, o que me faz nao ler/participar desse topico, nao quer dizer que eu nao temha interesse por livros.dik
Que tal fazermos destas histórias uma série em mangá?!? (Claro, com a devida autorização do autor)
[Luanny]
PLEASE NO
fabriciorby

[Luanny] wrote:

PLEASE NO
RT

Barão de Mauá não apoia essa ideia
GojiroBR
agora eu ri bastante, rs.
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RINIYARESU KAIO
Gostei da ideia de sugerirmos bons livros. Dei apenas a ideia inicial do topico, agora devo deixar que vocês a estraçalhem e a tornem uma coisa melhor kkkkkkk.
Sobre meu avanços com as minhas histórias: quase nenhum kkkkkk. Estou escrevendo Como o sangue escorre e estou pensando em separar as açoes de acordo com os personagem, o que criaria alguns cortes na história e daria mais pontos de vista de uma mesma situação. A creepy das meninas superpoderosas vai ser no formato de relatório cientifico (ou quase isso). Só preciso escrever o meio de Síndrome de Jonas.

Me permitam ser o primeiro a sugerir um livro: O Chefão, do Mario Puzo. Foi esse livro que inspirou a trilogia dos filme do Poderoso Chefão. Acho que não preciso explicar mais nada.

Agora, apenas pra fazer valer meu lado nerd, um HQ - Três dedos: Um escândalo animado, de Rick Koslowski. Atores animados (paródias com mickey, pernalonga e outros) acreditam que o unico jeito de fazerem sucesso seria amputar seus dedos mindinhos para parecerem com Rickey Rat. Isso devia virar filme.
Bawler
O pássaro na gaiola
Quando, oh quando sair
O deslize do guindaste e da tartaruga
Quem está na frente de trás?
[Luanny]
....ok
tentei achar um sentido
404 not found
Hamuko
Mas o q caralhos
phelipefox

Hamuko wrote:

Muito engraçado! ainda estou rindo!
Topic Starter
RINIYARESU KAIO
Dizem que a primeira lei do mundo foi a lei da sobrevivência, também conhecida como Lei do mais forte. O mundo sempre foi um lugar cruel e para os mais fracos só é permitido caírem em desespero diante da superioridade dos mais fortes.

Até hoje essa lei obsoleta segue imbatível.

Sou aquele que eu chamo de alvo. O ponto mais baixo da cadeia alimentar da nossa sociedade. Todos os dias eles acham necessário me lembrar que tenho uma vida horrível. Como se não soubesse disso. Para manter o equilíbrio do mundo, sempre haverão os fracos. Sempre me lembram que não há nada que possa fazer para mudar minha vida. Por eles, ela seria sempre repleta de rejeição, humilhação e escarnio.

Hoje decidi ser mais forte. A retaliação é esperada. Confesso que não esperava que meu sangue jorrasse desse jeito. Eles vão embora, com meus sangue impregnado em suas roupas, felizes por manterem a ordem natural.

Não sei bem o eu aconteceu comigo. Pode-se dizer que estou mais forte. Posso fazer coisas inimagináveis para outros humanos. Nem sei se ainda sou um humano. Vou faze-los pagar pelo que fizeram comigo durante todos esses anos. Espero que não pensem que é vingança.

É a lei do mais forte.
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RINIYARESU KAIO
Mais um sucesso para marcar o retorno triunfal de Losers to Wins

Filho da Puta

Essa é a historia
De uma menininha
Chamada Patrícia
Úrsula Tancredo Andrade
Muito bonitinha
E toda certinha
Nunca saia de blusa
Ou saia curtinha
Mas tudo mudou
Quando ao colegial chegou
Fazendo jus ao nome
Com vários carinhas ficou
No dia da formatura
Não quis nem saber
De pegar o diploma
Só queria beber
Depois de nove meses
O menino nasceu
filho de um pai que ela não conheceu
E quando perguntaram de quem é o garoto
Todo mundo respondeu:
Ele é o filho da puta
Ele é o filho da PUTA
Ele é o filho da PUTA
Ele é o filho...
Da PUTA
[Luanny]
...omg
DJ Angel
tears were shed
fabriciorby
l000l
[Luanny]

DJ Angel wrote:

tears were shed
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RINIYARESU KAIO
Acredito que vocês tenham entendido o jogo de palavras e siglas.
Hamuko

RINIYARESU KAIO wrote:

Acredito que vocês tenham entendido o jogo de palavras e siglas.

RINIYARESU KAIO wrote:

Patrícia Úrsula Tancredo Andrade
NAO CARA, EU NAO ENTENDI QUE ISSO ERA PRA SER PUTA
Bawler
Púta
MouseEasy

RINIYARESU KAIO wrote:

Filho da Púta

Essa é a historia
De uma menininha
Chamada Patrícia
Úrsula Tancredo Andrade
Muito bonitinha
E toda certinha
Nunca saia de blusa
Ou saia curtinha
Mas tudo mudou
Quando ao colegial chegou
Fazendo jus ao nome
Com vários carinhas ficou
No dia da formatura
Não quis nem saber
De pegar o diploma
Só queria beber
Depois de nove meses
O menino nasceu
filho de um pai que ela não conheceu
E quando perguntaram de quem é o garoto
Todo mundo respondeu:
Ele é o filho da púta
Ele é o filho da PÚTA
Ele é o filho da PÚTA
Ele é o filho...
Da PÚTA
arrumei :D
[Luanny]
q merda, cara
Bawler

[Luanny] wrote:

q merda, cara
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RINIYARESU KAIO

Hamuko wrote:

RINIYARESU KAIO wrote:

Acredito que vocês tenham entendido o jogo de palavras e siglas.

RINIYARESU KAIO wrote:

Patrícia Úrsula Tancredo Andrade
NAO CARA, EU NAO ENTENDI QUE ISSO ERA PRA SER PUTA
Acredite, um amigo meu não entendeu.
Hamuko
Seu amigo não tem cérebro.
[Luanny]

Hamuko wrote:

Seu amigo não tem cérebro.
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RINIYARESU KAIO
Ladies and gentlemens com vocês Como o sangue escorre

O som dos brindes preenche o imponente salão de festas. A musica tocada pela banda divide espaço com o som dos exaustores sugando a fumaça tóxica dos cigarros e charutos cubanos. Um grupo de diretores, vestidos perfeitamente em ternos novos se aproxima do palco pela direita. A musica cessa e os rostos de todos se voltam para o palco, mostrando um interesse não existente. Depois de 15 minutos de discursos inúteis, entrecortado pelos cochichos de alguns jovens, finalmente o diretor fala aquilo que August tanto esperava.

―... o novo vice-diretor de vendas é o senhor Albert Jonhson.

Enquanto o bajulador era adorado por aqueles da sua espécie ninguém repara no terno risca-de-giz deixando o salão com passos rápidos. Apenas queria sair daquele lugar fétido. Em qualquer outro lugar do mundo decisões de uma firma ficam restritas a firma, mas em Red Sun tudo deve ser mostrado na palco principal sob os holofotes. Como não queria ir para casa e não tinha certeza de para onde iria resolve deixar o Bel Air no estacionamento e sair andando a esmo pelas ruas iluminadas da pacata Red Sun. Jeanne e Amanda iriam reclamar se, além de terem que ir naquela festa enfadonha, voltassem a pé para casa. Talvez passasse em algum bar para beber e fumar. Alimentar seus vícios com cretinos estranhos era melhor do que estar com cretinos conhecidos o observando.

Já que sua promoção foi por agua abaixo sua única preocupação no momento é que o Nickolas não tenha agido como um retardado na casa da babá. Normalmente as babás desistiam de cuidar dele novamente após vê-lo repetir uma frase sem parar ou ficar se balançando com o olhar afetado. August não conseguia entender o que havia acontecido. Amanda havia nascido perfeita.

Talvez fosse seu sangue. Nunca se importara com suas origens, mas desde que deixou a Alemanha às pressas com sua família em 1936 e chegara à América passara a odiar o fato de ser judeu. Era tratado como nazista na escola. As imagens daquele judeu bêbado, que um dia fora seu pai Abner, enfiar até o cabo uma faca de manteiga no crânio de sua mãe, chamar o socorro e sair daquele apartamento fétido como se nada tivesse acontecido o perturbava todos os dias quando ia dormir. Sua mãe ficara cega e morrera dois anos depois devido a uma infecção no local. Após casar com Jeanne, resolveu abandonar seu antigo nome e começar uma nova vida na Red Sun. Ambos tinham tido um passado conturbado e estavam dispostos a levar uma vida normal. Isso até Nickolas nascer.

Como já esperava, todos os bares já estavam fechados, mas ao menos pode espairecer a cabeça durante essa caminhada. Quando chega em casa todos já estão dormindo. Na pia algumas carnes para o almoço de família amanhã e alguns barulhos estranhos vindos do quarto de Nickolas. Resolveu apenas ignorar. Amanhã seria um dia difícil.



Amanda passa um bilhete para Sandy durante a aula da História.

“Não vou poder ir com você na festa hoje. Vou ter que ir numa reunião da firma que meu pai trabalha. Ele não para de falar que talvez seja promovido. Grande coisa.”



“August deve estar arrasado. Já não basta não receber a promoção e ainda por cima temos um almoço com meus pais amanhã.”

Não gosta nem de lembrar de seu pai desbravando cada canto do seu corpo como se isso fosse natural. Após andar por aquele ambiente infestado de bajuladores, como não encontra seu marido, resolve ir embora com sua filha.



O trompetista da banda, com camisa aberta, fuma calmamente na penumbra encostado no Cadillac preto do vocalista, quando Jeanne deixa o salão em direção ao Bel Air vermelho.

― Se ela não fosse uma vagabunda e não tivesse casado com aquele nazista maldito adoraria mostrar meu trompete para elas. Se é que vocês me entendem.

No meio das risadas o Cadillac arranca deixando bitucas de cigarro no chão.



“Faz muito tempo que ela foi pra cozinha e não voltou mais para brincar comigo. Por que as pessoas sempre se afastam de mim?” Pergunta Nickolas para si mesmo enquanto se balança inconscientemente em frente da TV que passa um filme de faroeste qualquer.

“Todo mundo na escola e na minha rua me chama de... de... retardado. Não sei o que isso quer dizer, mas acho que é uma palavra feia como bunda ou saco. As professoras sempre mandam meus colegas pararem de me chamar assim, mas acho que elas também têm medo de mim.”

Ouve a buzina do Bel Air da família. “Finalmente, ela chegou. Se for pra ser ignorado que seja em casa. Amanhã vovó e vovô vão almoçar em casa, por isso vou poder ficar no meu quarto o dia inteiro.”


Vou tentar escrever as ações de cada personagem em separado. Não tenho certeza se vou conseguir manter um padrão aceitável de qualidade, mas tá valendo. Não vou postar mais agora porque estou separando a história em periodos de tempo.
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RINIYARESU KAIO
Preciso de uma pequena ajuda pra minha proxima história.
Alguem sabe quantos anos as meninas superpoderosas têm?
[Luanny]
Bawler
princesas online
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RINIYARESU KAIO
Eae, pessoinhas. Eu não estou morto ainda. Eu acho

Com vocês mais uma musica da Losers to Wins

Porra nenhuma

Nessa cidade podre
Nessa cidade decadente
Todos tentam viver alegremente
Escondendo os podres
Tampando as feridas
Mas ninguém se lembra de limpar a latrina

Ele se acha um doutor
Ele se acha inteligente
Ele é porra nenhuma

Ela se acha bonitinha
Ela se acha ciente
Ela é porra nenhuma

Então vamos seguindo
Todo mundo demente
Tem muita gente atrás
Se não for andar sai da frente

Então vamos seguindo
Todo mundo demente
Tem muita gente atrás
Se não for andar sai da frente

O padre se acha puro
Ele se acha onipotente
Ele é porra nenhuma

O politico se acha honesto
Ele se acha importante
Ele é porra nenhuma

Então vamos seguindo
Todo mundo demente
Tem muita gente atrás
Se não for andar sai da frente


A nova creepy das superpoderosas tá em ritmo acelerado. Aguardem por varias referencia a varios desenho e acontecimentos históricos reais e ficticios tirados de outras histórias de minha autoria.
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RINIYARESU KAIO
Caos

Há algo no caos que me acalma. Algo que me excita. A sutil união entre o deslumbramento e o pânico me fascina. O caos é a base de tudo. A destruição pode gerar algo maravilhoso. E isso, cara, realmente me assusta. Os homens matariam a si mesmos se isso pudesse acalmar seus espíritos inquietos. Livra-los do caos. O caos já teve outros nomes. Revolução. Guerra. Paz. Destruição. Mas, talvez o pior tenha sido o nome mais antigo dele. Deus. Os que evoluem são aqueles que se permitem lutar. Contra e para o caos. Somos criaturas acostumadas com isso. Não ficamos satisfeitos com a calmaria. Todos reagimos aos gritos de dor e agonia. Em alguns geram medos. Para outros, excitação. Todos temos em nós gritos e lamentos que nos acompanham para a eternidade. E mesmo assim continuamos em nossa busca diária por um pouco de caos para podermos começar algo novo. Para podermos dizer que realmente estamos vivos. Para provar que os gritos valeram para alguma coisa.
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RINIYARESU KAIO
Terminei minha historia sobre as superpoderosas. To em Campinas agora, quando voltar pra Maua eu posto
Bawler

lembrei disso
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RINIYARESU KAIO
Eu não estou morto kkkkk
Se alguém quiser ler minha histórias das superpoderosas segue ai o link:
http://cia-i.blogspot.com.br/2013/05/superpoderosas-as-maravilhas-do-novo.html
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RINIYARESU KAIO
A coisa mais polemica q eu postei na minha vida kkkk
Não tenho culpa de ter primos tão obtusos

Loucura. Tudo que ele via todos os dias. O cão pastor cada vez mais doente. A ponte. O Antigo Desvio. Os trilhos, vindos de parte alguma e levando a lugar nenhum. Ele ve tudo ficando mais frio todos os dias. Cada vez mais sombrio. Cada vez mais morto. A fuligem das caldeira impregna seus pulmões. Penetram em sua alma. O barulho monótono o faz agir desse jeito. Não poderia ser diferente. Ele não quer que seja diferente. Ele se acostumou com a loucura, mas isso não à torna normal, apenas aceitável."

"É sua primeira viagem de trem. Ele ficou impressionado com o tamanho da locomotiva a vapor (antiquada mas muito robusta, palavras do pai) e com a quantidade de sobremesas servidas no almoço. Seus pais leem revistas e conversar sobre detalhes da viagem enquanto o pequeno Edgard olha distraído pela janela do trem. Se se comportasse, seu pai prometera que poderia visitar a locomotiva mais tarde. Sente o trem reduzir a velocidade ao se aproximar de uma ponte. Uma placa envelhecida indica como sendo a Ponte Hudson. Repara num rapaz com um machado próximo a um muro de uma casa humilde a beira da estrada de ferro. Pergunta pra mãe o que ele está fazendo.
- Apenas cortando lenha querido - volta automaticamente os olhos pra revista enquanto o trem deixa aquela estranha figura pra trás.
Edgard sabe que não é só isso. Seus pais diriam que foi impossível, mas ele viu o olhar daquele sujeito. Ele sente que viu aqueles olhos vazios. Ele reconhece aquele olhar dos filmes de faroeste e de gangstar que ele assiste quando os pais já estão dormindo.
O olhar de um homem pronto pra matar.

O link da treta:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=528170443930602&id=100002129534497
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RINIYARESU KAIO
07/09: Feliz dia da Pilula do dia seguinte.
[Luanny]
isso me lembrou um pouco de silent hill, não sei pq
hm
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RINIYARESU KAIO
Recentemente, mandei um texto meu pra um concurso literário. A história chama Paranoia.com. É uma história sobre um garoto que gosta de escrever historias sobre assassinatos e que um dia encontra um assassino que comete seus crimes baseado nas histórias do garoto. O resultado vai sair dia 4 de dezembro. Se não der em nada eu posto a história aqui, se vencer não vo poder postar a história por causa das regras do concurso. Os 10 selecionados serão publicados em um livro kkkk
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RINIYARESU KAIO
Paranoia.com - dedicatória

Dedico essa história a todos os cretinos que tive o desprazer de conhecer.
fabriciorby
deu certo esa pora
Topic Starter
RINIYARESU KAIO
Paranoia.com

CAPITULO 1

Ele se apoia em um poste para vomitar. Podia ter sido pior, se tivesse vomitado no ônibus ou na frente do colégio todos teriam visto. Vomitando apoiado a um poste em frente a uma viela ele é tratado apenas como mais um bêbado, mesmo que esteja usando o uniforme de uma das escolas mais caras da cidade. Um pouco de sangue se mistura aos restos do que ele comeu no café da manhã. “Hoje foi difícil.” Durante a infância fez aulas de kempo, então seria fácil para ele lidar com um cretino. Mas todo mundo é corajoso com dois capangas segurando a vitima pelas costas enquanto bate na barriga de um cara já desmaiado com um soco inglês.

“Merda, se eu não tivesse fingido desmaiar ia apanhar até agora. Aqueles montes de merda. Eu acabaria com eles em situações normais.”

Limpando o vomito da boca e mancando um pouco ele finalmente chega em casa. Esse foi apenas mais um dia normal de aula. Apesar das perguntas da sua mãe ele vai direto para seu quarto em silencio. Seus pais trabalham muito, ele não quer preocupa-los sem motivo. Em todas as escolas foi assim e ele sempre continuou em pé, não seria agora que ele perderia para um bando de imbecis.

Foi diagnosticado como portador da Síndrome de Asperger. Memoria fotográfica e grande facilidade em entender as fórmulas que os outros tanto penavam para entender eram benefícios, o fato de não conseguir se envolver facilmente com pessoas já não o incomoda mais. Portadores dessa síndrome normalmente apresentam interesse em algo especifico. Ele tem interesse em investigações de assassinatos. Ele mesmo não sabe por que, sabe apenas que essas investigações são uma das poucas coisas que prendem sua atenção.

Alguns anos atrás, ele foi um hacker promissor, mas depois de alguns vírus mandados para lugares do mundo todo ele perdeu o interesse. A mesma coisa aconteceu com o kempo, tênis de mesa, mecânica de carros e corridas de kart. Tudo não passou de um mero passatempo até ele achar algo que realmente o interessasse. No seu antigo endereço houve um assassinato brutal, obra de um serial killer até hoje não encontrado. O garoto que não havia mostrado interesse em nada até então ficou vidrado na movimentação da equipe da policia cientifica e até hoje ele escreve histórias com as mais diversas soluções para aquele crime.

No seu quarto, entre as revistas e livros dos seus antigos hobbies, há vários livros sobre psicopatas, crimes famosos, histórias de terror e creepypastas de diversos autores e de sua autoria. Se a sua síndrome já torna o convívio com as pessoas difícil, esse hobby apenas deixa as coisas piores, por isso ele é desprezado em qualquer lugar onde as pessoas conhecem suas preferencias. É conhecido como psicopata de tinta até mesmo entre os professores. Não se importa com isso. Pelo menos não mais.

Joga a mochila no canto e se põe a trabalhar no seu novo projeto: resolveu que quer entrar na deep web de qualquer forma. Dizem que é necessário o convite de alguém de dentro, mas ele está fazendo do jeito mais difícil. “Estou tentando entrar pela porta dos fundos em um lugar que não tem porta na frente” esse pensamento passa rapidamente pela sua cabeça enquanto usa suas habilidades de hacker e reconhece que os anos de inatividade o deixaram enferrujado. Já faz um mês que está nessa empreitada e sente que está realmente perto de conseguir.

Alguém toma o controle de seu computador. Ele não consegue rastear o IP do invasor. Códigos aparecem velozmente na tela e simplesmente param. Após dois segundos sem nenhuma ação, aparece a tela azul e o computador é reiniciado. Ele retomou o controle. O invasor não deixou rastros e não apagou nada. Tudo continua igual. As musicas, os textos, até mesmo seu programa continua do mesmo jeito de antes da invasão. Menos por um e-mail que ele recebeu enquanto o computador reiniciava. Sem titulo, apenas duas frases.

Você é muito bom descrevendo o passado. Já pensou em prever o futuro?

Tenta mandar um e-mail respondendo aquele estranho elogio, mas seu provedor diz que o endereço de e-mail do remetente não existe. Já que nada foi roubado ou apagado resolve deixar pra lá.

Seu pai, delegado de policia, sabendo de suas habilidades, permite que ele acesse informações confidenciais de investigações. Alguns de seus palpites já ajudaram a solucionar crimes menores, mas ele não se interessa pela solução do crime, apenas pela investigação. Vê um tópico sobre uso de armas brancas e pensa sobre o e-mail. Prever o futuro? Movido pelo tédio ou pela surpresa de, aparentemente, ter um fã escreve uma história inédita.

As palavras fluem com tremenda facilidade. O beco escuro. O carrasco encurrala sua vitima. O cheiro do pânico. A faca sem fio de corte e com sinais de ferrugem perto do cabo. A mancha de esperma na calça do agressor. A faca dilacerando a carne. Uma. Duas. Dez vezes. A crosta de sangue começando a coagular.

Mais cinco minutos e termina seu texto. Fica satisfeito com o resultado. Desliga o computador e se prepara para dormir. Pode tentar chegar na deep web amanhã. Isso se não perder o interesse enquanto dorme. Ele não sabe, mas já obteve êxito na sua missão.

CAPITULO 2

É uma manhã típica. Café com leite e torradas enquanto assiste o noticiário. Material de pesquisa para histórias. Quando está saindo para a escola uma notícia chama sua atenção. O corpo estirado em um beco qualquer. A saia rasgada. Os cabelos ruivos da vitimas desgrenhados. Os cortes profundos e irregulares, típicos de uma faca sem corte. O repórter não fala, mas ele tem certeza que não houve violência sexual. Sabe que se procurarem pelas proximidades encontrarão a faca. Uma faca grande, sem corte e com sinais de ferrugem perto do cabo. Pode ser apenas uma coincidência, mas ele sente que não. O delegado diz que ela foi morta, aproximadamente, às duas da manhã.

Eles estão errados. A pesquisa que ele faz ao banco de dados da policia durante o trajeto da escola só serve pra confirmar o que ele esperava. Há apenas um erro no relatório: a hora da morte.

Ele previu o futuro. Ele a matou enquanto escrevia no seu notebook. São suas mãos que deviam estar sujas de sangue. Mas ele não fez nada. O mundo está cheio de maníacos dispostos a matar sem motivo, mas mesmo assim ele se sente culpado. Alguns teriam se desesperado com a culpa.

Ele vê uma possibilidade. Como não aproveitar a chance de se livrar de todos que o incomodam apenas apertando algumas teclas? Seria louco se não o fizesse. Todos sempre falam de livre-arbítrio e de moral, mas todos esses valores caem por terra quando se tem a solução para todos seus problemas ao alcance da mão.

Afinal, antes de sermos humanos somos animais. Animais vis e sádicos que se alimentam da dor de seus semelhantes. Até o mais puro dos seres pode se corromper com o poder. Os mais repugnantes dos seres só podem sonhar com o dia que serão os caçadores ao invés da caça. Todos queremos estar no topo e não nos importamos com quem deixamos pras trás.

Para ele os dias seguiram normais, mesmo que o fundo da sala de aula fosse ficando cada vez mais vazio. Nada mais de emboscadas depois da aula, materiais roubados, roupas sujas de sangue e suas paradas pra vomitar o que o estomago ferido não consegue segurar. Bytes de informação eram transformados em corpos estirados e despedaçados de todas as formas possíveis. Ninguém poderia culpa-lo por falta de imaginação. Era apenas uma feliz coincidência ter encontrado alguém capaz de tornar suas palavras reais. Como o invasor mesmo disse, ele previa o futuro.

Ele estava no controle. Ele estava no topo, e quando se está no topo, ou você se mantem lá ou deve estar preparado pra encarar uma longa descida.

CAPITULO 3

Enquanto o clima na escola ia ficando cada vez mais calmo, o clima dentro de casa, que nunca foi exatamente agradável, ficava mais tenso. Seu pai devia ter se aposentado há dois meses, mas como ainda não conseguiu resolver o caso dos assassinatos resolveu continuar na ativa, por isso sempre chega em casa estressado e sua mãe, contrária a ideia do marido adiar sua aposentadoria, passa cada vez mais tempo no seu escritório de advocacia para evitar conflitos. Sua ira é plausível, esse é sem duvida o caso mais difícil que ele teve que enfrentar durante toda sua carreira e ele escolheu continuar à frente das investigações do que se submeter à vergonha de ter um caso não resolvido na sua ficha até então impecável. “Não há nenhuma ligação consistente entre as vitimas, alguns eram conhecidos entre si, mas apenas isso, os métodos usados também são diferentes, o que elimina a chance de ser um serial killer clássico. Todos os possíveis suspeitos possuem álibis já confirmados. Não foi encontrada nenhuma amostra de DNA do agressor então não tenho motivos pra acreditar que se trate de um único assassino, mas minha intuição diz que essa é a única explicação possível.”

Lendo por cima do ombro do pai enquanto ele organiza o material da investigação ele sente um misto de orgulho e pena. Orgulho por acreditar que chegou a utopia do crime perfeito. Após cometer os assassinatos basta apagar qualquer vestígio dos textos ou modificar a data em que eles foram feitos para depois que os corpos foram encontrados. Além dos textos pro assassino ele continua escrevendo seus textos habituais. Seu pai é seu álibi já que ele conhece o estranho hobbie do filho melhor do que ninguém. Mas não deixa de sentir pena do pai, esse caso está afetando seriamente sua sanidade. O garoto não pode ajuda-lo nesse caso. Apesar da sua frieza habitual com todos, ver seu pai se perder em meio a perguntas e duvidas criadas pelo próprio filho está o incomodando de uma forma que não poderia imaginar. Só pode esperar que o pai desista. Torce para que o pai perceba que aquele é um beco sem saída.

Mas ele sabe que isso não vai acontecer.

Até agora tinha conseguido evitar uma conversa mais seria com o pai sobre o caso. Mas agora seu pai faz perguntas e exige respostas. As mentiras ecoam pela sala vazia. O ódio entre os dois aumenta cada vez mais. A saliva quente do pai bate em seu rosto enquanto grita suas lamentações para o causador de tudo. Sente a pena se transformando em ódio. Não ouve tudo que o pai diz a seu respeito, mas reconhece algumas palavras: retardado, doente mental, incompetente. No final seu pai é igual a todos. Sente raiva dele por não saber quando parar.

Está sozinho no quarto. Ouve seu pai gritando da sala. Tem medo do que está prestes a fazer. A luz vinda do monitor torna seu rosto encovado. Os únicos sons no quarto são de seus dedos batendo nas teclas. Uma parte dele sente que deve parar. Mas a outra sabe que agora é tarde demais. Seu pai sai para o turno noturno na delegacia. O barulho do teclado cessa. Agora é apenas uma questão de tempo. O silencio o consome. Ele gostaria de pensar que dessa vez pode dar errado. Que seu pai está a salvo. Que tudo até agora foi apenas um sonho.

Ele matou o próprio pai. Essa é a verdade.

EPILOGO

Essa é a minha verdade. Essa é a minha história. A escrevi em terceira pessoa por achar mais fácil. Assim parece que não fiz algo tão abominável. Não me lembro de muita coisa depois do enterro do meu pai. O caso continua sem solução. Minha mãe acha que me internei aqui por livre e espontânea vontade. Acha que sofri um colapso nervoso após a morte dele. De certa forma foi isso que aconteceu. Essas paredes acolchoadas são para salva-lá. Se continuasse lá fora sei que acabaria fazendo o pior pra ela também. Meu remorso não vale de nada agora. Foi-se o tempo para desculpas. Nem sei se estou sendo totalmente sincero agora. Talvez apenas vindo para esse hospício com a esperança de ser salvo de mim mesmo. Sinto que devo ao meu pai a solução desse caso. E ambos sabemos como tudo deve acabar. Eu devia saber desde o inicio, mas acho que me neguei a enxergar a verdade. Ninguém pode ficar no topo para sempre. Enfim, acho que finalmente chegou a hora. Você tem sido bem detalhista então espero que minha morte ocorra do modo que estou escrevendo nessas paginas, seria decepcionante saber que seu ultimo trabalho baseado em uma história minha não foi executado com perfeição. Não sei como, mas sinto que você pode ler estas palavras que escrevo agora de maneira furiosa nesse papel manchado. Sempre falei que rostos não eram importantes, mas gostaria de conhecer a aparência daquele que me deu tudo aquilo que eu queria. Não sei como, mas posso sentir sua presença aqui, faça um trabalho bem feito e violento, é apenas o que eu te peço. Faça meu sangue jorrar. Sempre achei que tivesse medo da morte, mas agora que sinto as cortinas fechando sinto uma paz de espirito imensurável. Às nove horas de amanhã quando vierem me trazer o café da manhã faça que sejam vermelho sobre tudo. Prove para mim que, no final, não sou muito diferente daqueles que odiei por tanto tempo. Não tenho mais nada para escrever. É hora de cada um seguir seu caminho. Hora do medico enfrentar o monstro. Mas não tenho certeza sobre qual deles sou eu.

Manuscrito encontrado no quarto do paciente n°073 no dia 13 de agosto. Seu assassinato continua sem solução. O tribunal tomou sua suposta confissão como delírio psicótico.
DJ Angel
grande
RINIYARESU KAIO
Topic Starter
RINIYARESU KAIO
Spam Emocional é bem mais longo. É que dessa vez resolvi postar tudo de uma vez kkk
Topic Starter
RINIYARESU KAIO
Meu primeiro poema em anos. Peguem leve nas criticas. Ou não.

Porque me tornei escritor?

Porque me tornei escritor?
Numa roda de amigos essa pergunta me foi dada
E por cada um deles foi justificada

Primeiro a falar, com muita convicção
Mesmo com a voz pastosa e um copo na mão
Nickolas, cineasta semi-frustrado
Morador de Paulínia
Num quarto e sala alugado
“Não foi para pegar mulher, com toda a certeza
Pois nem o maior épico é capaz de lhe dar beleza
Nenhuma mulher deve ter dado a palavra
Caio, suas licenças poéticas me deixam em ponto de bala!”

Sua imitação de mulher menstruada
Arranca boas risadas
Quando todos se acalmam
Com um cubano entre os dentes
Bruna tenta controlar uma mesa de dementes
Tem casa, carro, filha e uma esposa ardente
Nada mal pra uma ilustradora independente
“Ser popular também não deve ter sido o objetivo
Ameaças de morte e processos enchem os seus arquivos
Desafetos na família crescem de maneira exponencial
Embora não ache isso mal
Apenas encurta a sua lista de natal”

A maioria está bêbada demais até mesmo pra rir
Eu e meu terno surrado teremos a chance de nos redimir
Escritor por profissão
Hobbie: ficar enfurnado numa repartição
Olho pros lados para checar a plateia
Prestes a dizer algo que ninguém espera
“Prestem atenção
É difícil de crer
A minha verdadeira missão
É mostrar que o ‘porque’ acima separado deve ser”
Trollyn
escritor só fica famoso quando morre :(
boa sorte com seu sonho... não lí nada, mas se eu entendi bem a sinopse do Paranoia.com, parece q a história é mto foda e criativa
gretis
Topic Starter
RINIYARESU KAIO
Leitor de banheiro

Minha homenagem aos que tentam adquirir conhecimento no local onde descartamos tudo que foi adquirido.

Sentado com as costas encurvadas. Os azulejos negros com padrões distorcidos. Ora ele vê monstros gritando em agonia ora homens lamentando seus atos. As calças arriadas e uma cueca fajuta solta abaixo das panturrilhas. A louça fria em contato com a ponta do pênis causa pequenos arrepios que são pontuados pelas surpresas do livro. Apoiado nas coxas peludas e aberto numa pagina avançada, o livro prende sua atenção e o faz esquecer que já terminou o que veio fazer nesse trono solene. Seus intestinos não funcionaram a contento nos últimos dias e o cheiro que impregna o pequeno cômodo indica que eles resolveram fazer uma pequena vingança pelas refeições desregradas. Alias, uma grande vingança.

Ele não se importa. Ou se importa e seu orgulho não permite que demonstre, nem para si mesmo, que não tem total controle sobre todas as funções de seu corpo. Aponte e atire, dissera o pai, mas ele não disse nada sobre os descarregamentos esporádicos. O papel no chão sem nunca assumir seu lugar de destaque. Se movimenta procurando uma posição mais cômoda e percebe que o assento perdeu a frieza do primeiro contato. Já estão íntimos. Prazer, assento. Prazer, nádega.

Um capitulo termina e outro espera logo na próxima pagina. Sons vindos do mundo exterior chegam abafados pelas paredes. Ali o mundo não o alcança. As preocupações não ousam passam a barreira intransponível da concentração e do cheiro, digamos, peculiar. A hora quando tudo sai dele é quando pode realmente pensar nele e encher-se com o que realmente importa. Com um odorizador isso seria um perfeito nirvana. Afinal quem precisa de um mundo tenro e límpido quando se tem um trono para mandar em seu reino? Mesmo que seu reino não tenha glamour e seus súbitos morram por afogamento.
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RINIYARESU KAIO
Quando os monstros se rebelam

Texto com uma pegada de Neil Gaiman, autor de Sandman e outros.

A maior festa que se tem noticias. Desde os tempos antigos. Se você acha que se diverte indo nos points badalados dessa cidade fétida, saiba que ainda não viu nada. Apenas gastou dinheiro como um imbecil. Pergunte para quem realmente sabe das coisas “Onde posso me divertir?”. Nos galpões do antigo bairro industrial será a resposta. Ou, até mesmo, nas ruinas do velho castelo. Mas, se você não for o tipo certo, ele simplesmente vai levantar e você nunca mais verá aquele mendigo. Sou o organizador dessa festa, sou eu quem decide quem entra e publicidade não é necessária.

Não espere nada espalhafatoso nem requintado. Apenas um velho galpão industrial com as paredes sujas de fuligem. Se pesquisar um pouco vai descobrir que, durante a Revolução Industrial, o antigo dono reprimiu uma greve trabalhista. Como? Trancou as portas e, sentado confortavelmente em sua poltrona, atirou em todos os funcionários. A firma funcionou por mais 30 anos, até o dono morrer sem deixar herdeiros. Sentado nessa mesma poltrona, me sinto em êxtase, numa viagem que nem a mais pura metanfetamina é capaz de gerar. O cheiro de pólvora continua fresco mesmo depois de todos esses anos. Talvez até tenha conhecido o antigo dono, mas a idade e os exageros da vida moderna já me tiraram as velhas memorias.

Nada de carros imponentes e confortáveis. Alguns chegam a pé, imaginando que no fim da noite estarão tão chapados que ficaram incapazes de operar os três pedais, outros em pequenos hatchs mais velhos que seus motoristas, que se acham muito habilidosos e acostumados com qualquer tido de droga moderna. Ambos estão errados. Ninguém sai daqui, a menos que eu queira. Mas enquanto o rock for pesado e a bebida de graça, ninguém se preocupa em ir embora.

A temática de hoje é festa à fantasia, mas a grande maioria está usando roupas casuais e banais, o que me faz sentir falta da época dos longos vestidos e dos trajes de fino corte da aristocracia francesa. Vejo um rapaz com um moletom surrado e creme de barbear na boca simulando um lobisomem com raiva, um gordo espinhento apertado num velho terno puído numa caracterização chula do Drácula, uma moça com olhar injetado e uma fantasia minúscula de diabinha. Numa busca rápida encontro mais seis ou sete jovens em fantasias tão execráveis quanto às primeiras. Esses jovens. Eles não se importam com isso. Ficam felizes com musica boa e metanfetamina tão pura que deixaria o sr. White com inveja. E eu dou isso para eles. Isso e muito mais, mas também preciso de alguma coisa em troca.

Está chegando a hora. Poderia ter feito isso logo que entraram, mas sou o organizador dessa festa e as coisas acontecem do jeito que eu quero. Já estou velho, posso me dar esse tipo de diversão. Rebel Monster, da banda dinamarquesa Volbeat, sai dos alto-falantes e faz as paredes vibrarem. Faltam trinta segundos pra meia noite quando as maquinas de fumaça começam a funcionar. Poucos reparam e estão todos alucinados de qualquer forma, acham que é apenas mais uma viagem, que o moletom está se transformando em pelos e a espuma borbulhante começa a escorrer de sua boca, que as pernas da diabinha se fundem numa cauda com escamas e asas ossudas surgem das costas de vários convidados. O pânico demora alguns instantes para se instalar, com os gritos e lamentos de jovens drogados que não sabem ao certo que está acontecendo. Tudo está acabado antes mesmo da musica acabar. Posso ouvir minhas crianças digerindo sua merecida refeição. O cheiro de sangue e carne crua é forte e preenche o velho galpão, mas sentado nessa velha poltrona o cheiro de pólvora ainda é mais inebriante.

E essa continua sendo a melhor festa de todos os tempos. Pergunte para quem realmente sabe das coisas. Eu vou confirmar. E se você tiver sorte, não vai ser convidado.
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